segunda-feira, 24 de maio de 2010

12ª OT - Avaliação

Chegados praticamente ao final do ano lectivo, eis o momento ideal para proceder a uma avaliação do desempenho linguístico daqueles que entraram na escola há poucos meses e estão ainda a adaptar/reorganizar o “conhecimento linguístico intuitivamente desenvolvido na sua comunidade de socialização primária … linguagem vernacular, ao conhecimento linguístico desenvolvido na escola através do contacto e uso de uma linguagem especializada”.

A avaliação das aprendizagens tem, entre outras funções, a de “REGULAR o resultado do processo pedagógico de modo a servir de base para decisões pedagógicas referentes ao processo pedagógico de ensino–aprendizagem da língua” de forma a que o professor possa dar o feedback de qualidade e continuado ao aluno

É evidente que, numa sala de aula, a todo o momento o professor está a avaliar, pode é não o fazer de uma forma organizada e consistente. Esta avaliação vai-lhe dando orientações (constitui um farol, um alerta) para a progressão/desenvolvimento que deve dar à aula. Com a aula de hoje pretende-se fazer uma avaliação explicita, orientada e com objectivos bem definidos.

Assim pretendo, a partir de questões formulados sobre um texto (adaptado de uma história sobre a amizade), aferir se na sala existem alunos parecidos com o “Juvenal literal”, a “Conceição Reorganização”, a “Francisca Crítica” ou o “Durval Inferencial”.

Planificação:
Dado tratar-se de uma turma do 1.º ano, antes da apresentação do texto narrativo, passarei a história, que lhe deu origem, em PPT, pois considero importante o recurso à imagem para os alunos melhor compreenderam a escrita. Também é uma forma de mobilizar os conhecimentos para uma melhor prestação posterior.


Não haverá exploração da história – retirada do site http://e-livros.clube-de-leituras.pt/elivro.php?id=ondeestaoosmeusoculos – apenas a sua simples leitura.

A partir daqui os alunos serão confrontados com uma ficha com a história, adaptada a um texto narrativo simples, e respectivas questões. Estas pretendem aferir onde os alunos têm mais dificuldade, se a perguntas literais, opinativas, inferenciais…e se efectivamente o texto foi compreendido e assimilado.

Materiais


segunda-feira, 10 de maio de 2010

9.ª OT - O ensino da leitura e escrita de textos literários

Segundo a autora Sim-Sim “A leitura de poesia alimenta o gosto pela sonoridade da língua (…), pelo poder da linguagem (…) e pelo uso da linguagem poética e simbólica”. Ora, nada melhor que a quadra da Páscoa, só por si já simbólica e poética, para a exploração de um poema temático.


Na poesia a apresentar – A Páscoa na aldeia – “coisas e situações comuns, concretas são representadas linguisticamente de uma maneira diferente” e espero que isso faça com que os alunos activem as suas vivencias e, através da mobilização de saberes, recriem a leitura e escrita, de forma criativa e entusiasta. A poesia tem esse magnífico dom de “criar o gosto pela linguagem escrita devido ao seu carácter lúdico, sonoro, melodioso, visual, polissémico, ambíguo e subjectivo, assim como para desenvolver a capacidade interpretativa; Desenvolve a imaginação, a sensibilidade e estimula a criatividade, contribuindo para formar o sentido estético da criança e iniciando-a na arte em geral”.

O poema foi significativamente alterado para que a linguagem fosse acessível aos alunos. O assunto principal é simples e conhecido, pelo que penso ser possível cumprir o objectivo das “aprendizagens desenvolverem nos alunos comportamentos verbais e não verbais adequados a situações de comunicação com diferentes graus de formalidade.”

A Páscoa é um assunto recorrente, nessa altura do ano, pelo que a temática do texto é relevante para a operacionalização do PCT. A descrição da tradição da quadra festiva que o texto encerra é exactamente aquela que os alunos, na aldeia de Briteiros, estão acostumados.

8.ª OT -O ensino de escrita de textos

Conjugando as actividades/objectivos do PCT “Conhecer a nossa terra” (vinda da escritora M.ª José Meireles à escola com o objectivo de falar da sua obra lida e analisada “Os sete guerreiros da Lua”), com os objectivos da 8.ª sessão do PNEP (os formandos “Reconheçam o desenvolvimento da capacidade de escrita consciente e auto-monitorizada como a finalidade de ensino de escrita; Sustentem os (sub-)processos básicos de escrita como objecto do ensino e reconheçam a complexidade inerente a esse objecto; Compreendam a necessidade e o procedimento geral de ensino situado e explícito do processo de escrita de textos”), nesta aula, apesar de se desenvolver numa turma de 1º ano de escolaridade, pretendo activar o conhecimento que os alunos dispõem sobre a obra/escritora, e levá-los, via diálogo, a seleccionar e organizar informação para produzir um texto a partir de um esquema com comentários/preenchimento de lacunas, sobre a vinda da escritora à escola.


Como “a actividade de produção de textos escritos exige a activação de um número importante de conhecimentos e de processos (….e) comporta tarefas relativas a três componentes: planificação, textualização e revisão” tarefa demasiado exigente para o nível de competências da turma, o texto vai previamente construído e, se os alunos aderirem à tarefa e estiverem atentos, as lacunas que lhe falta são de palavras que eles conseguem ler/escrever.

11.ª OT - Conhecimento Explicito da Língua

Transformar conhecimento linguístico intuitivamente desenvolvido socialmente, em linguagem especializada é a função da escola, que será tanto mais cumprida quanto maior for a consciência da sua necessidade por parte do professor. Este é um caminho que tem de ser bem delineado e sedimentado, recheado de aprendizagens significativas. O aluno tem que paulatinamente ampliar a sua capacidade linguística e aprender sobre a sua língua. O professor terá, pois, de ajudar os alunos a ampliar o conhecimento e a criar redes de relações entre esse conhecimento.

Face às características, alunos do 1.º ano, induzir uma linguagem especializada, aprender sobre a língua e estabelecer relações tem de ser um trabalho meticulosamente preparado, muito contextualizado e numa linguagem muito simples.

Assim, pegando no tema da Primavera, expresso no PCT, começaremos por uma longa conversação de onde será feita uma área vocabular (nomes de flores, animais, cheiros, sabores….). A partir desta partiremos para a construção de frases, mas de forma muito orientada, para se tornar possível trocar GN e GV, ex. o pássaro é amarelo; o cravo é vermelho → o pássaro é vermelho; o cravo é branco. Desta forma pretendo que os alunos entendam que todas as frases formadas têm um grupo nominal e um grupo verbal; que é possível substituir grupos nominais por outros grupos nominais e substituir grupos verbais por outros grupos verbais.


10.ª OT - LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS NÃO LITERÁRIOS

No que respeita às competências transversais, o PCT prevê que os alunos desenvolvam e participem em projectos que apelem para uma consciência mais cívica e que simultaneamente se desenvolvam as suas competências de cidadania. Assim, a escola/turma participou activamente num projecto desenvolvido no Agrupamento “núcleo de estudos do 25 de Abril”. Nesse contexto foram muitas as actividades desenvolvidas desde o início do ano, colmatando com uma semana de intensa produção “os dias da revolução” tendo os meios de comunicação social divulgado as mais significativas.


Aproveitando o manancial de notícias, quer escritas, quer da TV digital de Guimarães - http://nucleoestudos25abril.blogspot.com/2010/04/guimaraes-tv.html -  planifiquei uma aula com um “produto de uma situação comunicativa que se configura na realidade”, realidade essa em que os alunos intervieram.

Como refere o programa “Os alunos devem contactar com múltiplos textos em diferentes suportes e formatos, de diferentes tipos e com finalidades distintas, considerando o domínio do literário e o do não literário”. É nesta ultima categoria que se inserem os textos apresentados. Creio que com alunos do 1.º ano, em que a competência leitora não está tão desenvolvida, este tipo de textos será tanto mais compreendido, quanto maior for o conhecimento/ aproximação da criança à realidade descrita, pois a mobilização de saberes (a pré leitura) está facilitada.



















sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

7.ª OT - O ENSINO DE ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAIS

O ENSINO DE ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAIS


Com uma forte preocupação na activação dos conhecimentos adquiridos na sessão anterior, comecei a aula com um diálogo muito participado com os alunos. Verifiquei que muito vocabulário estava a ser correctamente empregue e que o contexto espácio-temporal da história “os sete guerreiros da lua” estava apreendido. Os alunos descreveram razoavelmente as imagens do PPT anterior, referindo correctamente os personagens, os lugares, as mercadorias trocadas, a ânsia de regresso a casa dos 7 guerreiros, a festa…


Esta actividade de pré-leitura foi muito importante para posterior desenvolvimento da leitura de partes da história.

Entreguei, então o livro aos alunos (um livro para cada dois alunos) e foi vê-los curiosos, espreitando figuras, comentando cenas. Foi muito interessante este momento. Pela primeira vez os alunos tiveram a história na mão.

Dela, eu tinha retirado excertos para leitura que passei no quadro interactivo, pelo que lhes pedi para irem à página “x” descobrir onde se lia o que estava projectado. Encontraram muito facilmente os vários excertos. Passei à leitura e, muito curioso, houve alunos na turma que conseguiram ler sozinhos e em voz alta, esses excertos enquanto os outros, com os deditos, tentavam acompanhar o texto.

Estes excertos eram depois dissecados em termos de vocabulário e de explicação de conteúdo e daí “saíam” pequenas frases adequadas ao seu nível de conhecimento da língua. Estas frases eram lidas dois a dois e, posteriormente, de forma individual e em alta voz.

Nelas, estava marcada uma palavra (a bolt) para que acerca dela surgissem outras – chuva de ideias – que seriam escritas pelos alunos, no quadro interactivo.

A aula resultou bem, com muito interesse, participação e a certeza de aquisição de novo vocabulário.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

6.ª OT - Promoção do desenvolvimento da linguagem no 1.º ciclo

Relevância da experiência de aprendizagem
O PCT prevê para este Período a vinda à escola da escritora Maria José Meireles, pois os alunos estão a ler e a analisar o seu recente livro “Os sete guerreiros da Lua”. Este tem como cenário de fundo a Citânia de Briteiros e entronca na perfeição com o tema do projecto “À descoberta de Briteiros”.


Acontece que o livro tem uma linguagem muito especializada e simultaneamente algo metafórica, pelo que os alunos do 1.º ano têm que primeiramente “ambientar-se” com determinado vocabulário para posteriormente compreenderem a leitura que será feita da história.

Assim, aproveitando o conteúdo formal da OT n.º 6 – Promoção do desenvolvimento da linguagem no 1.º ciclo – encetarei a história não propriamente pela narrativa do texto, mas pela envolvência/meio e pela riqueza linguística que caracteriza as suas personagens. A partir de um mapa local farei a exploração lexical, num ambiente de aprendizagem representativo das actividades da sociedade e cultura locais. Regredirei então no tempo, para lhes falar dos antigos povos guerreiros que povoaram a sua Terra e das suas características físicas e morais. Terminarei com a magia desses tempos (e da história).

Destes três “momentos” – lugar, personagens e magia – será registado vocabulário próprio e a partir dessa listagem vocabular serão feitos 3 desenhos representativos.